27 maio 2011

28 janeiro 2011

BBB 11

BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

02 janeiro 2011

3º Estudo Bíblico via Twitcam

26 dezembro 2010

2º Estudo Bíblico via twitcam - 1 Co. 1:10-18

20 dezembro 2010

O HOMEM E A MULHER

O homem é o cérebro; a mulher o coração. O cérebro produz luz; o coração o amor. A luz fecunda. O amor ressuscita.
O homem é um gênio; a mulher um anjo. O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher a virtude extrema. A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força; a preferência o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher invencível pela lágrima. A razão convence; a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher de todos os martírios. O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
O homem é o código; a mulher o evangelho. O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher um sacrário. Ante o templo, nós nos descobrimos; ante o sacrário, ajoelhamos-nos.
O homem pensa; a mulher sonha. Pensar é ter cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago. O oceano tem pérola que o embeleza; o lago tem a poesia que o deslumbra.
O homem é uma águia que voa; a mulher um rouxinol que canta. Voar é dominar os espaços; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um farol: a consciência. A mulher tem uma estrela: a esperança. O farol guia e a esperança salva.
Enfim, O homem está colocado onde termina a terra; A mulher onde começa o céu...
Vitor Hugo (escritor francês do final do séc. XIX, autor do clássico “Os Miseráveis”)

18 dezembro 2010

1º Estudo Bíblico via Twitcam - 1 Co. 1:1-10

26 novembro 2010

“PARECE CENA DE GUERRA NO IRAQUE!”

Esse é o comentário que mais ouvimos a respeito da situação caótica em que se encontra o Rio de Janeiro. Desde domingo passado, tem sido evidenciada a guerra (antiga, mas nunca antes tão explícita) da cidade e do país contra o narcotráfico. Minha cidade natal, o Rio é um lugar a respeito do qual – os mais próximos a mim sabem disso – não poupo elogios. Da Pedra do Arpoador ao Mirante do Leblon, das comidas à mistura tranquila de classes nas ruas de Ipanema, da alegria e hospitalidade do povo à consciência política dos aposentados de Copacabana que se encontram em bancos de praça e mesas de botequim para conspirar a favor ou contra o governo! Essa é a Cidade Maravilhosa cantada pelo poeta. Pelo menos vista da Zona Sul! Que me lembre, nunca se fez ode alguma à beleza da “Garota da Vila Cruzeiro que vem e que passa” pela Zona Norte!

Na última quinta-feira celebramos o Dia Internacional de Ações de Graças. Lembro-me de termos conversado sobre a triste postura de alguns que caminham pela fé fechando os olhos para essas mazelas e evocando uma escatologia escapista que diz: “O fim está próximo!”; “Se tudo vai piorar ainda mais, não precisamos fazer nada além de orar!”; “Meu caminho pro céu já está garantido!” Sinceramente, esse não é o caminho de uma igreja comprometida com o Evangelho de Jesus.

Mas como ser grato a Deus pelo dom da vida e por seu amor abundante quando, aparentemente, tantos – não só cariocas, mas muitos vizinhos em nossa própria cidade – estão longe dessa vida plena e tão destituídos da graça? Como erguer as mãos em ações de graças quando e o que se vê ao redor é apenas sofrimento e desesperança?

Lemos no livro de Deuteronômio 8: 10 e 18, respectivamente, que, o SENHOR é quem nos dá a boa terra; e que é Ele também quem nos dá a capacidade de produzir riquezas nessa boa terra. Qual é a sua “boa terra”? Esse espaço onde Deus lhe colocou e abençoou? Nem sempre será lugar de lindas praias e gente feliz; pode virar, aqui e acolá, campo de guerra. Daí, a pergunta final nos alcança: “Que tipo de ‘riqueza’ podemos produzir, com aquilo que Deus já nos deu, a fim de reverter o caos em ordem, a guerra em paz, na boa terra onde o Senhor nos colocou?”

Pense nisso. Nossa gratidão a Deus está nessa possibilidade de sermos “produtores de riquezas”, modestos agentes de transformação na boa terra que a Ele pertence.