09 abril 2009

CRISTO RESSUSCITOU MESMO?

Segundo o nosso Pr. Patrício, em seu livro Mosaico de Estudos e Reflexões, "se há um acontecimento da fé cristã que pode ser considerado como doutrina básica e central, este é a ressurreição de Cristo. O apóstolo Paulo deixa isso bem claro quando afirma: 'se Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.' (1 Co. 15:14 e 17)".

Ao longo da semana que passou, caminhamos pelo Evangelho de Marcos trilhando os dias que precederam a Paixão de Cristo. Hoje estamos culminando no Domingo que reconhece e celebra a sua ressurreição. Aleluia!

Crer num Jesus ressurreto é interagir na certeza de que Ele vive. Se vive, ouve; se ouve não se faz indiferente e responde. É essa comunicação de "mão dupla" que re-significa a vida de milhões de cristãos ao redor do planeta e que hoje celebram juntos a convicção mais fundamental de sua fé.

Mas onde Cristo vive? Ele é só um Espírito, uma força maior, uma convicção? Nada disso... Cristo vive em mim - minha vida reflete (ou deveria refletir) sua existência. Pessoas precisam enxergá-lo no fundo dos meus olhos, na doçura de minhas palavras, no calor do meu abraço e na sinceridade e pureza das minhas motivações. Mas será que isso acontece?

Festejar o Cristo ressurreto é responder essa pergunta. Porque uma coisa é crer que ele levantou dos mortos e vive, outra coisa é, entendendo que Ele vive, viver a Sua vida. E então, como a Páscoa pode ser celebrada na sua vida?

Do hebraico - peshah - entendemos que a páscoa é a passagem do anjo da morte pelo Egito na ocasião da libertação do povo hebreu; do cristianismo, entendemos que esta passagem é da velha para a nova vida em Cristo.

Novamente Paulo: "se Cristo não ressuscitou, vã é a vossa fé". Para que não vivamos em vão, busquemos afirmar a vida de Cristo todos os dias em nossas vidas. Assim, cada ação nossa exclamará: "Cristo ressuscitou sim!"

Feliz Páscoa.

07 abril 2009

Semana da Paixão

03 abril 2009

ORGANISMO OU ORGANIZAÇÃO?

Essa pergunta é sobre nós, Igreja. Quem ou o que somos? Um organismo com partes funcionais que se complementam garantindo um bom funcionamento do todo; ou uma organização institucional com estatutos e hierarquias, processos burocráticos e contas a pagar? A resposta, sendo bem objetivo, é: os dois.

Vamos às origens. No livro dos Atos dos Apóstolos, por tanto no início da igreja enquanto Corpo de Cristo, alguns trechos se complementam e nos ensinam sobre essa dupla identidade da igreja. O primeiro deles está no capítulo 2, (vv. 42-47) onde diz que os membros dessa comunidade recém-nascida estudavam juntos a Palavra, oravam juntos, repartiam suas posses para que a ninguém houvesse falta e viviam a alegria genuína de Cristo em suas vidas. Isso é um Organismo; partes que se somam para contribuir ao todo. Por outro lado, o cap. 6 nos apresenta uma nova demanda junto às viúvas da igreja. Institui-se, pois, cargos e funções; os diáconos são escolhidos para cuidar da distribuição de alimentos aos necessitados (dentre eles, as viúvas), e os apóstolos continuam se dedicando ao estudo e exposição da Palavra de Deus. Isso é uma Organização; função, atribuição e estruturação.

Hoje estamos escolhendo novos Diáconos e novos Presbíteros para compor a liderança da nossa Igreja. Os diáconos, dentre outras funções, organizam a distribuição dos recursos para os que precisam. Eleger mais 10 diáconos é um passo organizacional vital para o bom funcionamento do organismo. O organismo se beneficia da estrutura funcional e retro-alimenta a organização. Esse ciclo se traduz, em parte, como a "edificação da igreja".

Como é do conhecimento da grande maioria, o sistema de governo da Igreja Presbiteriana é dito "representativo". Então, eleger novos presbíteros é escolher homens dignos que representam toda a comunidade nas decisões que acertam o passo ao longo do caminho. Novamente, a organização a serviço do organismo.

Escolher líderes segundo a vontade de Deus é fundamental para que o Organismo continue sadio. A organização melhor se estrutura e você, que compõe esse todo, vivencia o resultado de um Organismo que tem suas partes ajustadas, cientes de si e felizes: "Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. (...) Contavam com a simpatia de todo o povo. (...) Dia a dia, o Senhor lhes acrescentava os que iam sendo salvos." (Atos 2:44-47)

Juntos nessa caminhada.