20 março 2009

VALQUÍRIA e JUSTIÇA DIVINA

O recém lançado filme "Operação Valquíria", estrelado pelo Tom Cruise e grande elenco, conta a história de um grupo de homens do alto oficialato militar alemão durante a 2ª Grande Guerra. Esses sujeitos distintos, impelidos por um ideal comum de justiça e humanidade, contrários às práticas desumanas ordenadas por seu líder maior, Adolf Hitler, forjam um plano para tirar a vida deste tirano e tomar o controle das forças armadas.

Com o conhecimento que temos hoje sobre a 2ª Guerra Mundial e todas as atrocidades que os exércitos de Hitler cometeram contra a humanidade, quem não acharia louvável o plano, por mais subversivo que fosse, de tirar do poder este louco assassino? Assim achamos porque – num senso comum mínimo – há um sentimento de justiça em todos nós que nos faz rejeitar com grande repulsa as práticas de qualquer sistema tirano que oprima e intente contra a vida humana. Concordamos que essa é a manifestação mais legítima da JUSTIÇA INTERNA DO HOMEM.

Mas em se tratando de Deus a nossa lógica perde a razão. A JUSTIÇA DIVI NA desconsidera nossas categorias de méritos e débitos. Duas passagens bíblicas são importantes: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." (Carta aos Romanos, 5:8) e "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Evangelho de João, 3:16). De uma maneira extravagante, Deus simplesmente É JUSTO – sem explicar, sem querer nada em troca e sem nunca mudar. Simplesmente porque Ele é Deus, e não homem. Como Ele mesmo já disse através do profeta Isaías: "...assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos..." (Is. 55:9)

O seu amor por mim e por você foi provado numa condição onde não poderíamos dar garantia alguma de nossa fidelidade a Ele – "sendo nós ainda pecadores". E este amor que não prescinde de garantias, também é disposto a doar de maneira unilateral (onde só uma parte se dá) – "Deus amou o mundo que deu...". Em nossa humana compreensão de amor, amar alguém que não merece é ilógico; e amar alguém dando tudo de si sem garantias de retorno é sair no prejuízo. Ainda bem que Deus não segue a lógica humana.

Desejar a pena de morte ao invés da prisão perpétua para o Sr. Joseph Fritzl é humano. Torcer para os mocinhos do filme seguirem à risca o plano para matar Hitler é totalmente humano! Faz parte da nossa justiça. Agora, amar aqueles que não são dignos do nosso amor, que não fazem por merecer e que nunca seriam alvo da nossa benevolência... Isso é divino. Deus se doou totalmente por você, do jeito que você é e está. Isso é amor. Então, qual é a sua resposta?